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Homem morre após ser agredido por segurança

Gilberto José Jarnick foi agredido por um segurança de farmácia que teria acusado o tratador de furto

PM registrou BO e encaminhou segurança para delegacia
PM registrou BO e encaminhou segurança para delegacia -

Da Redação

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Gilberto José Jarnick foi agredido por um segurança de farmácia que teria acusado o tratador de furto

Os quatro meses de internação e tratamento após os graves ferimentos causados por um segurança de uma farmácia na região central de Curitiba foram intensos, mas sem sucesso. O funcionário público Gilberto José Jarnick, 52 anos, faleceu no último sábado (24) em casa, no bairro Campo Comprido, onde tentava se recuperar de graves agressões. Na noite do dia 3 de fevereiro, ele levou socos e pontapés de um segurança de uma farmácia, que teria o acusado de furto. A Polícia Militar (PM) foi acionada e registrou Boletim de Ocorrência (BO).

Jarnick era tratador de animais do Passeio Público e servidor do município há 25 anos. Os últimos meses foram marcados por internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, para onde foi socorrido logo após as agressões, e em casa ao lado de dois familiares que se revesavam nos cuidados.

“Ele sempre foi muito ativo, andava de bicicleta por tudo e de repente passou a não poder comer, usava aquela traqueo*, sonda, ficava na cama, sem falar, sem se mexer, com feridas. Ele chorava quando via o programa da Ana Maria Braga porque queria voltar a comer”, disse Jucélia Jarnick, cunhada da vítima, que auxiliou o marido nos cuidados em casa. “Meu marido largou até o trabalho para cuidar do irmão”, lamentou.

Depois de um mês da UTI, outro no quarto hospitalar e mais dois de tratamento em casa, no sábado à noite, Jarnick sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. No Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, a causa da morte do tratador de animais foi classificada como agressão física. Na certidão de óbito, lavrada no Cartório de Campo Comprido, traumatismo cranio-encefálico.

Desde a noite fatídica cuja informação ainda é vaga para os mais próximos, a família exige respostas do Judiciário. O agressor de 22 anos – preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) – ganhou as ruas, por meio de um habeas corpus, dois dias depois e segue em liberdade, aguardando o andamento do processo.

Testemunhas afirmaram que houve bate-boca entre Jarnick e o segurança e, logo em seguida, as agressões. O jovem alegou aos policiais militares, no dia da agressão, que o servidor público estaria furtando objetos dentro da farmácia, versão rechaçada pelos familiares.

O inquérito foi conduzido pelo 1º Distrito Policial, no Centro de Curitiba, e enviado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que ofereceu denúncia de lesão corporal grave contra o segurança no dia 22 de março. Agora, o caso segue com a Justiça Criminal. Com a morte de Jarnick, os documentos jurídicos terão de sofrer alteração no decorrer do processo. O tratador de animais era divorciado e deixou um filho de 15 anos.

As informações são da Rádio Banda B.

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