Greve geral reúne manifestantes contra reformas em Curitiba

Capital do Estado ficou sem ônibus nesta sexta-feira (28). Houveram bloqueios em várias regiões da cidade

Os trabalhadores de diversas categorias que estão protestando nesta sexta-feira (28) contra reformas Trabalhistas e Previdenciárias estão reunidos em praças de Curitiba. Ao longo da manhã, a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, foi ponto estratégico e reuniu diversas categorias trabalhistas – professores municipais e estaduais, bancários, coletores, frentistas, metalúrgicos, guardas municipais, entre outros. A ausência total de ônibus do transporte coletivo deixou o dia de greve nacional em Curitiba ainda mais caótica. Diversas manifestações bloquearam rodovias que tangem a Grande Curitiba e dão acesso ao interior do Estado.

Da Praça da Salete, os trabalhadores caminharam pela Avenida Cândido de Abreu rumo ao Centro – Boca Maldita e Praça Tirantes, onde nessa haverá uma missa às 14 horas na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz

Motoristas e cobradores aderiram 100% ao movimento e Curitiba amanheceu com terminais fechados e sem ônibus rodando. A última informação, no início da tarde, é que o Sindimoc, que representa a categoria, não tinha recebido pedido da Justiça para frota mínima e, com isso, não há previsão sobre possível retorno dos ônibus do transporte coletivo. O Setransp, das empresas de ônibus, disse, em nota, que repudia a atitude (…) que impede o direito de ir e vir de mais de duas milhões de pessoas. Contudo, a Urbanização de Curitiba (Urbs) não liberou o cadastro de veículos particulares para transportar passageiros e liberou as canaletas, de uso exclusivo de ônibus biarticulados e ligeirões, para uso de taxistas.

Alguns postos de combustíveis também amanheceram fechados. O sindicato que representa a categoria, o Sinpostetro, informou que 90 dos 370 postos de combustíveis em Curitiba e região, estavam fechados ao consumidor.

Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba também cruzaram os braços e a cidade não terá recolhimento de lixo durante todo o dia.  Bancários também participaram da paralisação e cruzam os braços na greve geral. A expectativa do sindicato que representa a categoria é que 90% das agências bancárias não abram as portas para atendimento interno. Caixas eletrônicas e autoatendimento estão funcionando normalmente.

A adesão foi ampla entre os professores da rede municipal de ensino – do total de 391 escolas municipais, 278 não estão funcionando normalmente. Apenas 113 escolas receberam alunos para aulas normais na manhã desta sexta-feira (28). Também servidores, os guardas municipais decidiram participar das manifestações contra as reformas, mas garantiu 80% do efetivo nas ruas, segundo a Prefeitura de Curitiba.

Bloqueios

As manifestações atingiram o fluxo de veículos na Avenida Comendador Franco, conhecida como Avenida das Torres, que liga Curitiba a São José dos Pinhais, que foi totalmente bloqueada pelos manifestantes por cerca de 3 horas e meia.

Na BR-476, em frente à Repar, em Curitiba, também houve bloqueio de vários movimentos sociais e centrais sindicais. O Contorno Leste foi afetado com lentidão e congestionamento. A liberação aconteceu por volta das 12 horas.

Já em Laranjeiras do Sul, no km 406 da BR-158, cerca de 200 manifestantes do MST no local bloquearam o tráfego da rodovia. Em Capitão Leônidas Marques, no km 131 da BR-163, próximo à ponte do Rio Iguaçu, também houve interdição. O trânsito no km 146 dae em Mauá da Serra, na BR-376, foi liberado por volta das 12h.

A Rodovia do Xisto, PR-423 que liga Campo Largo/Araucária, também sofreu bloqueio de manifestantes no fim da manhã.

As informações são da Rádio Banda B.