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Dilma sabia de caixa dois na campanha, diz Marcelo Odebrecht

Depoimento de Marcelo Odebrecht foi publicado na internet e traz informações reveladoras

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da redação

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Depoimento de Marcelo Odebrecht foi publicado na internet e traz informações reveladoras

O ex-presidente da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, disse que a então presidente Dilma Rousseff sabia que a empresa fazia pagamentos via caixa dois para a campanha de reeleição dela. O depoimento de Marcelo ao Tribunal Superior Eleitoral no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer foi publicado nesta sexta-feira (23) na internet pelo site “O Antagonista’.

Marcelo Odebrecht foi ouvido na ação que acusa a chapa Dilma-Temer de abuso de poder político e econômico. Entre as irregularidades apontadas, dinheiro desviado da Petrobras que abasteceu as contas da campanha em 2014.

Trechos do depoimento de Marcelo Odebrecht foram publicados no site “O Antagonista”. A TV Globo confirmou a autenticidade dos documentos.
O empresário foi perguntado sobre a relação da Odebrecht com a campanha eleitoral que reelegeu Dilma Rousseff.

Marcelo Odebrecht deu detalhes sobre o pagamento de R$ 150 milhões para a campanha de Dilma. Investigadores afirmam que a maior parte se tratava de caixa dois. Ele disse que a empresa tinha relação intensa com o governo Dilma e que essa relação intensa gerava a expectativa de que a Odebrecht fosse um grande doador.

Marcelo disse que em uma das reuniões com o governo Lula, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, anotou no papel e disse: “Olha, Marcelo, eu tenho a expectativa de que você contribua para a campanha de 2010 com R$ 50 milhões”. Segundo Marcelo, Mantega acabou não se envolvendo na campanha de 2010, a primeira de Dilma, e esses R$ 50 milhões ficaram para a campanha de 2014.

Marcelo Odebrecht também disse que acertou com Guido Mantega R$ 170 milhões. E somado ao que acertou com Antonio Palocci, entre 2008 e 2014, o valor chega a R$ 300 milhões.

Marcelo disse que sempre ficou evidente que Dilma sabia dos pagamentos da Odebrecht para João Santana; que ele não tem a menor dúvida. Ele disse também que Dilma sabia da dimensão da doação da empresa, sabia que eles doavam. Quem fazia grande parte dos pagamentos via caixa dois para João Santana. Isso ela sabia, segundo Marcelo.

O empresário afirmou que, assim que estourou a Lava Jato, ele alertou Dilma: “Olha, presidente, eu quero informar para a senhora o seguinte: eu tenho medo de que, vi a questão da Lava Jato, exista uma contaminação nas contas do exterior que foram usadas para pagamento para João Santana. Então quero alertar a senhora disso”.

Assista à reportagem completa do JN, clicando aqui.

OUTRO LADO

A ex­presidente Dilma afirmou que “não tem e nunca teve” qualquer relação próxima com o empresário Marcelo Odebrecht, mesmo nos tempos em que ela ocupou a Casa Civil no governo Lula. “É preciso deixar claro: Dilma Rousseff sempre manteve uma relação distante do empresário, de quem tinha desconfiança desde o episódio da licitação da Usina de Santo Antônio”, disse, por meio de nota.

A petista afirmou ainda que “jamais pediu recursos para campanha ao empresário em encontros em palácios governamentais, ou mesmo solicitou dinheiro para o Partido dos Trabalhadores”.

“O senhor Marcelo Odebrecht precisa incluir provas e documentos das acusações que levanta contra a ex­presidenta da República, como a defesa de Dilma solicitou – e teve negado os pedidos– à Justiça Eleitoral. Não basta acusar de maneira leviana.” A Corregedoria do TSE determinou a abertura de investigação para apurar o vazamento das informações, por enquanto sob sigilo.

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