Heineken negocia compra da Brasil Kirin por R$ 2,8 bilhões

A multinacional Heineken, segunda maior cervejeira do mundo, fabricante de bebidas que possui uma unidade fabril em Ponta Grossa, está em negociações para adquirir os ativos brasileiros da japonesa Kirin Holdings – a Brasil Kirin, dona da Schin. Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa ao portal aRede e Jornal da Manhã, em um comunicado internacional a Heineken confirmou esse interesse, o qual explica que as discussões estavam em andamento, mas que ainda não há a certeza que um acordo seja alcançado. As informações também foram retratadas pelo jornal nipônico Nikkei, onde foi revelado que a transação seria algo em torno de US$ 872 milhões – ou seja, aproximadamente R$ 2,8 bilhões em valores convertidos ao real.

Esse valor de mercado, no entanto, seria pouco superior à metade do valor pago pela Kirin à Schincariol em 2011, quando a japonesa quitou R$ 4 bilhões para assumir o controle.  À agência Reuters, um porta-voz da Kirin informou que o objetivo é a expansão de mercado no Brasil. "Estamos considerando todas as opções, incluindo uma discussão com a Heineken", informou.

Caso essa transação seja confirmada, a Heineken viria assumir a segunda colocação no mercado nacional de cervejas, ficando atrás apenas da Ambev, pertencente à AB InBev, maior cervejaria do mundo.

A Heineken Brasil chegou ao país em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA, e é subsidiária da Heineken NV. No país, a empresa gera cerca de 2 mil empregos e possui cinco cervejarias localizadas em Ponta Grossa, Jacareí (SP), Araraquara (SP), Gravataí (RS), e Pacatuba (CE). Com capacidade total de produção de 19 milhões de hectolitros, são produzidos e comercializados no país os produtos Heineken, Desperados, Sol, Kaiser, Bavaria, Família Xingu e Amstel.

No Brasil, além de dona das marcas Schin, a Brasil Kirin também é dona da Devassa, Eisenbahn, Glacial e Baden Baden, operando 12 cervejarias em todo o país.

Investimentos em Ponta Grossa

A Heineken investiu, nos últimos três anos, R$ 400 milhões na fábrica em Ponta Grossa, que foi reinaugurada em agosto. O aporte, que elevou em 40% a capacidade de produção da unidade, fez com que ela escalasse para a 12ª posição em produção entre as cerca de 200 cervejarias do grupo no mundo. Na unidade são fabricados 26 produtos diferentes, em variações entre tipo de cerveja e embalagens.