Paraná já destinou quase R$ 1,4 bilhão para a saúde em 2016

Nos primeiros quatro meses de 2016, o Paraná investiu quase R$ 1,4 bi em ações e serviços públicos de saúde, segundo o secretário estadual Michele Caputo Neto.

Somente nos primeiros quatro meses deste ano, o Governo do Paraná já investiu quase R$ 1,4 bilhão em ações e serviços públicos de saúde. Do montante, R$ 1 bilhão refere-se a recursos próprios do tesouro estadual e R$ 392 milhões são provenientes de outras fontes. Com isso, o Estado garante a aplicação de 10,98% das receitas correntes líquidas em despesas da área da saúde. 

Os números foram apresentados nesta terça-feira (7) pelo secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, durante a prestação de contas da pasta na Assembleia Legislativa do Paraná. “Em quatro meses já executamos 35,5% do nosso orçamento previsto para o ano todo. Isso só foi possível graças ao ajuste fiscal e a atual situação financeira do nosso Estado”, destacou. 

De acordo com o secretário, enquanto o Paraná amplia os investimentos em saúde, quase metade dos estados brasileiros enfrenta dificuldades para honrar compromissos e pagar os salários dos servidores. “Em 2016, temos o maior orçamento de saúde da história. Isso demonstra que, mesmo em meio à crise que assola o País, a saúde é tratada como prioridade pelo governador Beto Richa”, ressaltou. 

O desempenho é considerado satisfatório para o início do ano, já que o orçamento do Estado só foi liberado no fim de janeiro. “Nos três meses seguintes, o índice de aplicação foi sempre superior a 12%, chegando até a 14% em abril”, explica o diretor do Fundo Estadual de Saúde, Olavo Gasparin, assegurando que até o final do ano o Estado aplicará os 12% constitucionais. 

Municípios

Os recursos deste primeiro quadrimestre foram destinados principalmente para o fortalecimento da rede pública de saúde dos municípios. Ao todo, R$ 7,3 milhões foram investidos em construção, reforma e ampliação de Unidades da Saúde da Família, R$ 45,2 milhões para compra de equipamentos e mobiliários e R$ 12,7 milhões para auxiliar no custeio da atenção primária. 

Neste período, houve ainda o repasse de R$ 24,2 milhões através do programa ApSUS, com o objetivo de reforçar a frota de saúde das prefeituras. Foram adquiridos ambulâncias, vans e outros veículos para uso exclusivo do serviço de transporte de pacientes. 

“Com investimentos nos municípios, estamos ampliando o acesso e melhorando a estrutura dos serviços públicos de saúde disponíveis à população. Tudo isso reflete diretamente na qualidade de vida dos paranaenses”, explicou o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz. 

Incentivos

Estratégias como a Rede Mãe Paranaense e a Rede Paraná Urgência também tiveram avanços neste início do ano. O Estado reajustou os valores pagos como incentivos de custeio para hospitais e maternidades vinculadas ao programa HospSUS, de apoio e qualificação dos hospitais públicos e filantrópicos. 

No Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas, uma iniciativa inédita do Governo do Estado, foram aplicados R$ 9,5 milhões em recursos próprios. Mais de 50 mil procedimentos já foram realizados, reduzindo a fila de espera por este tipo de cirurgia, que não é de urgência, mas compromete a qualidade de vida dos pacientes. 

Através do programa HospSUS, o Estado entregou 54 kits de urgência e emergência para fortalecer prontos-socorros de hospitais de diversas regiões. Houve ainda o repasse de R$ 15,3 milhões como contrapartida estadual de custeio para os Samus Regionais, que hoje estão disponíveis em 80% do território paranaense. 

Saúde mental

Na área de Saúde Mental, o governo destinou R$ 1,1 milhão para o custeio dos Serviços Integrados de Saúde Mental – SIMPR. Implantados em Cascavel, Marmeleiro, Toledo, Guarapuava, Congonhinhas e Jandaia do Sul, oferecem assistência integral a pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. A experiência do SIMPR de Toledo foi premiada na última semana durante mostra nacional do SUS, em Fortaleza. 

Por conta de uma política de complementação de diárias de internação em saúde mental, o Estado repassou ainda R$ 1,9 milhão a hospitais psiquiátricos. O apoio foi essencial para evitar o fechamento de leitos especializados neste setor, que atualmente é subfinanciado pelo Governo Federal. 

Vigilância

Na área da Vigilância em Saúde, destacaram-se as ações de controle da dengue e o apoio aos municípios no fortalecimento das atividades de mobilização junto à população. O Estado repassou recursos extras às prefeituras em situação de epidemia, além enviar camionetes fumacê e equipes técnicas para dar suporte às ações. Até um hospital de campanha foi instalado em Paranaguá para auxiliar no atendimento aos pacientes. 

Para apoiar o trabalho dos Centros de Especialidades já em funcionamento, o governo estadual repassou R$ 14,7 milhões em incentivos de custeio. Os recursos fazem parte da estratégia do programa ComSUS, do Governo do Estado. 

Na aquisição de medicamentos, o investimento chegou R$ 253 milhões em quatro meses. Foi possível reforçar o estoque das Farmácias do Paraná e abastecer também os municípios com 53 milhões de unidades de medicamentos. 

Obras

Caputo Neto também falou sobre a situação das obras em andamento no Estado. Segundo ele, a construção do Hospital Regional de Guarapuava já se destaca, com quase 10% dos trabalhos concluídos. Há também as obras do Hospital Regional de Telêmaco Borba, do Hospital Regional do Norte Pioneiro, do Hospital Regional do Litoral, das Farmácias do Paraná de Paranaguá e Paranavaí e dos Centros de Especialidades de Guarapuava, Apucarana, Cascavel, Londrina e Maringá. 

A prestação de contas da Secretaria da Saúde na Assembleia Legislativa contou com a presença do deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde Pública, Doutor Batista, além dos deputados Chico Brasileiro, Evandro Araújo, Márcio Pacheco, Cobra Repórter, Tercílio Turini, Nereu Moura, Cláudio Palozi e Nelson Luersen. 

As informações são da AEN.