Indústria emprega mais de 27 mil pessoas na região

Trabalhadores pertencem a 1.123 estabelecimentos da região em quatro cidades, e correspondem a 4% do total de trabalhadores na indústria no Paraná

Quatro municípios da região de Ponta Grossa geram, juntos, 27.140 vagas de emprego no ramo industrial. Isso corresponde a 4,1% do total de vagas geradas na indústria em todo o estado do Paraná. Essas vagas estão em Ponta Grossa, Castro, Carambeí e Palmeira, ofertadas por 1.123 estabelecimentos industriais. Os números foram revelados pela Federação da Indústria do Estado do Paraná (FIEP), com base em informações disponibilizadas pelo IBGE e Ministério do Trabalho, divulgados junto à coletiva de imprensa para a divulgação da Sondagem Industrial 2019, realizada na manhã desta quarta-feira (12). 

Segundo os dados revelados, 74.3% das indústrias dessa microrregião de Ponta Grossa são microempresas e 17,8% são empresas pequenas, mostrando que mais de 90% do total são de micro e pequeno porte. O setor de fabricação de alimentos é o que mais emprega na região, atingindo 9.950 vagas. Na sequência, aparecem a indústria da madeira (2.382 empregos), fabricação de produtos de metal (2.000) e produtos químicos (1.600). 

Somente Ponta Grossa, segundo números do Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e IBGE, completou 2017 com 16.358 funcionários. É um número muito semelhante a 2013, quando o setor tinha 16.448 pessoas registradas. Contudo, com a alta na geração de emprego neste ano, até outubro, somando o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Ponta Grossa tem 16.820 trabalhadores registrados em 818 estabelecimentos industriais. É um setor que representa quase 20% dos 86.972 trabalhadores com carteira assinada. É o maior saldo desde 2014, quando o ano terminou com 17.156 funcionários em indústrias.

Segundo informou o economista da FIEP, Roberto Zurcher, durante a coletiva, a indústria crescia a uma média de 7% até maio, quando houve a paralisação do transporte. “No momento da greve, o crescimento despencou e até hoje o valor acumulado está caindo. Estamos esperando fechar o ano com crescimento de 3,5% nas vendas industriais”, informa. A produção física, estima ele, deve crescer entre 2% e 2,5%. “O impacto foi muito grande; não tem como contabilizar os vários bilhões de dólares que dificilmente as indústrias vão recuperar”, relata. Segundo ele, a produção hoje está 20% abaixo do que era em 2013.

Na região dos Campos Gerais, informa Darci Miara, diretor da FIEP na região, relata que a produção industrial variou conforme o setor: alguns cresceram e outros caíram. “Os setores do metal e do metal, por exemplo, reclamaram bastante. Já a área de alimentos, por exemplo, foi melhor, assim como o setor de madeira, que aumentou a exportação. Então foi muito setorizado”, declara.

Otimismo dos empresários para 2019 supera 80%

Se em 2018 a indústria ainda patinou e pouco avançou, para 2019, mais de 80% dos industriais estão otimistas. “Os leves sinais de recuperação da economia ao longo de 2018 e, principalmente, a definição do quadro eleitoral trouxeram de volta o otimismo dos industriais”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. Esse otimismo também é estendido para a região dos Campos Gerais, afirma Miara. “É a tendência com o novo governo. Os industriais acham que no ano que vem as vendas vão melhorar, porque há uma luz no fim do túnel para que haja a liberação de verbas para investimentos no parque industrial e maior segurança jurídica. E Ponta Grossa tem tudo para dar certo”, acrescenta.