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BRF tenta acordo de leniência sobre operação Carne Fraca

Considerado a ‘delação premiada’ a empresários, com o acordo a empresa contribui para as investigações

A empresa do setor de alimentos possui duas unidades na região dos Campos Gerais, uma em Carambeí e a outra em Ponta Grossa
A empresa do setor de alimentos possui duas unidades na região dos Campos Gerais, uma em Carambeí e a outra em Ponta Grossa -

Fernando Rogala

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A BRF, uma das maiores empresas do setor alimentício do país, busca um acordo de leniência junto ao Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Ele se refere aos crimes investigados na Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em 2017, que envolveu a região de Ponta Grossa. O acordo de leniência serve como uma espécie de “delação premiada” para as empresas, que permite às corporações se livrarem de multas e declaração de inidoneidade – esta última a qual impede a obtenção de créditos em bancos públicos. As negociações estariam sendo conduzidas pelo próprio presidente da empresa, Pedro Parente. As informações foram reveladas nesta quarta-feira pelos jornais Valor e Estadão. 

Além do valor que a empresa deve pagar, através do acordo a empresa deve colaborar com as investigações e revelar informações novas, que ainda eram inéditas no âmbito das investigações. Neste caso, a empresa deverá se comprometer, por exemplo, a explicar o funcionamento do esquema de pagamento de propinas, por parte da empresa, para representantes do Ministério da Agricultura. Outro favor que integra o acordo é o ressarcimento dos eventuais danos causados pelo erário. 

Em março, houve o desdobramento da Carne Fraca, com a terceira fase da Operação em Ponta Grossa. Nela, o juiz federal André Wasilewski Duszczak, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, determinou a quebra dos sigilos de dados e das comunicações dos investigados. O grupo com 11 funcionários da BRF foram investigados por fraudar resultados de análises laboratoriais relacionados à contaminação pela bactérias Salmonella pullorum. 

Após a ação, a BRF declarou que é tolerância zero com qualquer tipo de conduta indevida e que afastaria todos os funcionários citados no relatório até o esclarecimento dos fatos.

Região foi alvo da operação

As investigações revelaram, que o núcleo das fraudes no Paraná estaria concentrado nos Campos Gerais. A Justiça Federal de Maringá apontou que "as possíveis condutas criminosas, especialmente os crimes contra a saúde pública, tiveram início e foram essencialmente praticadas na planta da BRF em Carambeí”. A Polícia Federal em Ponta Grossa segue com as investigações da Operação, e está ouvindo os envolvidos. Nesta quarta-feira, por exemplo, ouviu o diretor de um aviário da região dos Campos Gerais.

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