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Municípios da região exportam R$ 3,7 bi em produtos

Entre as 22 cidades dos Campos Gerais que fizeram negócios com outros países, metade ampliou as vendas. Ponta Grosa tem a maior participação

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Fernando Rogala

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As exportações dos municípios dos Campos Gerais se aproximam da marca de US$ 1 bilhão. Somados todos os valores dos produtos enviados para outros países, entre janeiro e agosto a marca atingida foi de US$ 909 milhões, ou seja, o equivalente a R$ 3,7 bilhões, se convertido com o dólar cotado a R$ 4,07 no fechamento do último dia de agosto. Embora possa parecer um valor expressivo, é um montante que caiu cerca de 50% na comparação com o ano passado, para a mesma época, o valor exportado já atingia R$ 7,5 bilhões. Os números são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Ponta Grossa mantém a posição de município que mais exportou, na liderança, com R$ 1,42 bilhão já comercializados a outros países. A cidade foi uma das que apresentou a maior queda no período, de 66% - no ano passado, as exportações já tinham passado dos R$ 4 bilhões até o final de agosto (US$ 1,05 bilhão). Na segunda colocação aparece Telêmaco Borba, com R$ 593 milhões comercializados com outros países, valor que cresceu quase R$ 20 milhões ante os R$ 574 milhões de 2017. O segundo maior município dos Campos Gerais em população e PIB superou Ortigueira, que no ano passado tinha assumido a vice-liderança após a operação da Unidade Puma da Klabin. Porém, houve uma baixa no valor exportado nesse ano, que caiu de R$ 1,13 bilhão no período para R$ 589,1 milhões neste ano. 

No total, dos 26 municípios dos Campos Gerais, 22 realizaram negócios com outros países. Nesse âmbito, também houve uma queda, já que até agosto do ano passado, eram 24 municípios. Deixaram de exportar em 2018 os municípios de Ivaí, que tinha enviado R$ 3,9 mil no ano passado, e Tibagi, que tinha vendido R$ 1 milhão a outras nações. Não exportaram nem no ano passado e nem nesse ano Candido de Abreu e Imbaú. Desses 22 municípios exportadores houve um empate entre os que ampliaram as exportações ou que reduziram, 11 para cada lado. As maiores altas foram de Reserva, de 1055%, após ampliar de R$ 1,12 milhão para R$ 13 milhões, e Arapoti, após as exportações crescerem 114%, ao passarem de R$ 9,14 milhões para R$ 19,55 milhões. Por outro lado as maiores quedas foram de Palmeira, de 90%, ao reduzir de R$ 57,6 milhões para R$ 5,33 milhões; e de Ponta Grossa, com a baixa dos 66%.

Como relatou Adriana Diniz, professora do curso de Comércio Exterior da UEPG, alguns fatores impactam de forma negativa nas exportações. "Com o dólar alto, a nossa exportação não fica competitiva. Porque o custo Brasil todo recai sobre a produção em um percentual significativo. Houve o aumento de combustível, a questão da tarifação do frete mínimo e alta do dólar. O exportador vai querer vender mais, mas não vai conseguir, porque internacionalmente nosso produto não fica competitivo". 

Entre os produtos mais comercializados na região estão papel, celulose, embalagens e a soja com seus derivados, seja ela em formato de grão, ou já processada, como o óleo ou os resíduos resultantes da extração do óleo.  

Saldo da balança comercial cai 93%

No caso de Ponta Grossa, mesmo reduzindo as exportações para o equivalente a um terço do que foi vendido em 2017, ainda ocupa posição de destaque no ranking nacional, na 88ª colocação entre os municípios. No Estado do Paraná, ocupa a sétima posição, com 3,3% do total das vendas paranaenses. Cerca de um terço das exportações locais (33%) são da soja e seus derivados. Na sequência aparecem as embalagens Tetra Pak (22%) e açucares de cana (13%). O saldo da balança comercial somou US$ 52,4 milhões, ou R$ 213 milhões – em 2017 esse valor já era de R$ 3,14 bilhões, ou seja, redução de 93%.

Exportações da indústria registram queda no Paraná

Um estudo mensal desenvolvido pelo Sistema Fiep revelou que as exportações de produtos industrializados paranaenses caíram 11% em julho, cerca de US$ 1,7 bilhão, e registram leve queda (0,76%) no acumulado do ano, de janeiro a julho. Em relação a julho de 2017, houve um aumento de 1,6% no valor exportado, e de 16%, no período de janeiro a julho do ano passado. Os principais produtos vendidos no mês foram derivados de Soja, Carnes e material de Transportes, que somaram US$ 1,2 bilhão. No acumulado do ano, dos quinze grupos de produtos pesquisados, oito apresentaram crescimento. Os destaques foram as vendas de Petróleo (313,61%), Bebidas (85,73%), Soja (31,72%) e Madeira (14,30%).

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