Acusado de morte no trânsito terá novo julgamento

Réu foi condenado por homicídio culposo, mas resultado do júri foi anulado pelo Tribunal de Justiça e novo julgamento será agendado

A Justiça deve definir em breve uma nova data para o julgamento de José Francisco Felix da Silva, acusado de matar atropelada Marianna do Amaral Mendes em 2007. O réu chegou a ser condenado num júri realizado no ano passado, mas a pena foi considerada branda pelo Ministério Público e o Tribunal de Justiça anulou o resultado do Tribunal do Júri, confirmando que um novo julgamento deverá ser realizado.

Conforme a denúncia, José Francisco Felix da Silva dirigia um carro em alta velocidade e estava sob efeito de álcool quando atropelou Marianna na madrugada de 8 de abril de 2007, aniversário da vítima. A jovem foi arremessada a mais de dois metros de altura e a uma distância de 22 metros do local do impacto e morreu ainda no local do acidente. O caso aconteceu na rua Izidoro Doin, no centro de Piraí do Sul (região dos Campos Gerais).

Na denúncia, o MP pediu a condenação do motorista por homicídio doloso, considerando que ele assumiu o risco de matar ao dirigir em alta velocidade e sob efeito de álcool. O Tribunal do Júri, no entanto, considerou o réu culpado por homicídio culposo (quando o acusado não intenção de matar) em novembro de 2017. Ele foi condenado a dois anos em regime aberto e pagamento de duas cestas básicas, além de ficar dois meses sem carteira de habilitação. Como já havia se passado mais de 10 anos, a pena tinha sido prescrita.

Diante dessa situação, o MP entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) para que a decisão do júri fosse anulada. No último dia 12, os desembargadores do TJPR cassaram a decisão dos jurados afirmando que as provas do processo haviam sido ignoradas e um novo julgamento será marcado. A advogada Christiane Priotto Mendes, que atua como assistente do MP, informou que ainda não há data para o novo júri.