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Após greve, prefeituras sofrem com queda de arrecadação

Gestores planejam medidas para conter gastos e manter a folha de pagamento em dia

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Afonso Verner

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A primeira a ‘acusar o golpe’ foi a Prefeitura de Ponta Grossa (PMPG) que, já no começo do mês, ressaltou a diminuição na arrecadação de recursos municipais e nos repasses federais e estaduais. No entanto, além de Ponta Grossa, outros municípios dos Campos Gerais têm sofrido com os impactos após a greve nacional dos caminhoneiros e transportadores e refazem o planeamento para conseguir ‘fechar as contas’ no primeiro semestre de 2018.

Em PG, a estimativa inicial era de um prejuízo de R$ 800 mil apenas na primeira semana com a queda do repasse do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já em Carambeí, por exemplo, o prefeito Osmar Blum (PSD) estima um desfalque de aproximadamente R$ 384 mil, somando a queda no repasse do ICMS com a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Diante da situação, Blum ressalta que o município terá que ‘segurar o ritmo’ de algumas obras tocadas com recursos da Prefeitura. “Nossa prioridade vai ser manter a folha de pagamento dos servidores sendo quitada em dia, assim como o pagamento dos fornecedores”, contou o prefeito. “Com a queda nos recursos, vamos ter que readequar o planejamento financeiro da Prefeitura”, explicou Osmar.

Em Castro a situação também é semelhante e a estimativa da Prefeitura é de uma diminuição de R$ 3 milhões nos recursos arrecadados. O prefeito Moacyr Fadel (PMDB) fala sobre uma “otimização de despesas”. “O município [Castro] fará como vem fazendo desde o início da gestão, concentrando todos os esforços no sentido de buscar melhorias nas receitas e otimizar as despesas para não precisar sacrificar nenhum projeto de interesse público. Não há previsão de redução nos investimentos”, explicou Moacyr.

Outra cidade que tem sofrido com a queda nos repasses é Tibagi. O prefeito Rildo Leonardi (PMDB) estima que o prejuízo seja de mais de R$ 400 mil, somando a queda no repasse do FPM e do ICMS. “Ainda temos que ver a queda nos valores de ISS [Imposto sobre serviços] destinado pela RodoNorte”, disse Rildo fazendo referência aos valores repassados pela concessionária de pedágios ao município que é cortado pela BR-376.

Em Tibagi, o reflexo mais visível deverá ser a diminuição das ações de manutenção nas estradas rurais – o município vinha intensificando a melhoria das estradas rurais, mas terá que diminuir o ritmo. “Também estamos diminuindo o uso da frota de carros pequenos para conseguir conter os custos com combustível. Infelizmente foram medidas que se fizeram necessárias”, contou Leonardi.

Rildo planeja corte nos gastos

Para enfrentar a queda nas receitas, o município de Tibagi irá planejar um corte nos custos da Prefeitura nas próximas semanas. “Temos conversado com os secretários e vamos estudar um plano de corte de gastos. Já vínhamos sofrendo com uma queda na arrecadação e isso se acentuou após a greve”, disse o prefeito Rildo Leonardi (PMDB). Rildo lembrou que a Prefeitura apoiou a paralisação dos caminhoneiros, mas “infelizmente a paralisação trouxe reflexos”, explica o gestor. 

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