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Caminhoneiros buscam melhores condições

Greve no MS e reunião de Sindicato da categoria dos Campos Gerais em Brasília expõe dificuldades do setor.

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Dhiego Tchmolo

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Greve no MS e reunião de Sindicato da categoria dos Campos Gerais em Brasília expõe dificuldades do setor.

O aumento do preço do óleo diesel pela Petrobrás em R$ 0,12 no começo deste ano, escancarou vários problemas encontrados pelo setor de transportes no país, no estado e na região dos Campos Gerais. A movimentação fez com que caminhoneiros paralisassem, desde a última sexta-feira (13), em vários municípios do Mato Grosso. O movimento, que reuniu cerca de três mil caminhoneiros em seis pontos do maior estado produtor de grãos do Brasil, começou a dispersar nesta quarta-feira (18), após negociação entre lideranças da greve e políticos de Brasília.

A grave mostra um problema endêmico enfrentado no país: o desfasamento da classe governante com um dos principais setores da economia nacional. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas da região dos Campos Gerais, Neori Leobet, conhecido como ‘Tigrão’, aponta outro problema que a classe vem enfrentado: a desunião entre a classe representativa legal – ou seja, o próprio sindicato – e caminhoneiros que se mobilizam por conta própria, distanciando o diálogo e debate sobre problemas enfrentados pelos trabalhadores do setor de transporte.

“Precisamos tomar posição, mas não podemos vender ilusão. Precisamos nos organizar, de apoio do governo. Greve ser para mostrar a força da categoria, mas quem tem que trazer as condições é o governo, com projetos de leis e, principalmente, leis que não estão sendo cumpridas”, explica Tigrão. A legislação que não está sendo cumprida, citada pelo presidente do Sindicato, refere-se a caminhões vazios que não pagariam pedágio. Contudo, esta lei não esta sendo aplicada em várias praças do Paraná e do país.

O objetivo de conseguir as demandas apresentadas, como a redução no preço do óleo diesel, o respeito à lei dos caminhões vazios nos pedágios e planos de aposentadoria para os caminhoneiros devem ser meticulosamente discutidos e debatidos, diferente de greves que não agreguem toda a categoria, explica Tigrão. “O momento é difícil, mas o que o setor precisa é de organização, de pressionar o governo a fazer a parte dele”.

Os caminhoneiros da região dos Campos Gerais, através do Sindicato, irão até Brasília na próxima semana para se reunir e apresentar propostas para o Estatuto do Caminhoneiro, que visa melhoras as condições de trabalho e, com o recente aumento do combustível, formas de não repassar os aumentos que encareceriam o frete. “O governo deu dois aumentos seguidos, em 45 dias, de quase R$ 0,20. O caminhoneiro não tem para onde repassar esse custo. Nós precisamos de uma solução, ainda mais com o país em crise”, explica.

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