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Polícia já identificou envolvidos em decapitação

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| Autor: Gabriel Sartini

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O caso do homicídio brutal de Claudemir dos Santos, o ‘Miquinho’, que aconteceu no início de março em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, está praticamente elucidado para o delegado Rubens Miranda Júnior, da 18ª Subdivisão Policial. Segundo o Delegado, ainda estão foragidos dois suspeitos do crime – que seriam adolescentes. Mas outros dois suspeitos por envolvimento no homicídio que chocou a cidade estão presos. Miquinho foi morto a tiros e teve sua cabeça pendurada em frente a uma igreja.

No final da madrugada de hoje (03), no Jardim Lagoa Dourada, em Ponta Grossa, foi preso Daniel da Paula Pires, conhecido como ‘Mostrinho’, de 18 anos. Ele estava com um mandado de prisão preventiva e foi capturado pela Polícia Militar. Outro que já está preso é Diego da Silveira, conhecido como ‘Tica’, de 19 anos. O primeiro está sob custódia na 13° Subdivisão Policial em Ponta Grossa e deve ser transferido para Telêmaco Borba. O segundo está preso na 18° SDP.

Na delegacia em Ponta Grossa, Daniel negou envolvimento com o crime e garante que não conhecia Miquinho ou Tica. Ele confirmou que morava há um ano e meio na Vila São Silvestre, na Capital do Papel, mas é natural de Cascavel, Oeste do Paraná.

Juventude perdida e pequenos poderes

Em entrevista ao portal aRede, o Delegado Rubens Miranda Júnior comentou sobre o caso. Ele não acredita que os quatro suspeitos principais formavam uma quadrilha que possa configurar crime organizado. Eram jovens inconsequentes tentando se impor na localidade através da força e da violência, traço característico de muitos garotos envolvidos no crime. “Eles queriam causar impacto no local, mostrar quem mandava. Assim eles ganhavam mais força junto aos garotos de menos idade e constituíam uma espécie de pequeno poder local”, analisou Miranda Júnior.

O delegado também lamentou pelos jovens que engrossam as estatísticas de criminalidade. Explicou sobre a fragilidade destes garotos, que muitas vezes são desestruturados e têm problemas dentro da própria família. “Não podemos dizer que é o caso desses rapazes, mas é algo corriqueiro de vermos no crime”, comenta. Histórias de vida que fazem com que uma saída possível seja a violência e a criminalidade, mas que não costumam ter finais felizes. “Eles não ganham muito dinheiro com as atividades criminosas. Esses jovens sabem que a liberdade ou a própria vida deles é curta e querem viver intensamente, então vivem quase diariamente de pequenos furtos ou roubos”.

Ele também fez uma análise sobre a cidade de Telêmaco Borba. A própria geografia local e a expansão desordenada da cidade fazem com que a Capital do Papel tenha um crescimento da violência. “Nossa cidade é acidentada. E muitas vezes estas pequenas vilas tem até um relevo acidentado que faz com que a dificuldade de acesso propicie estes focos de marginalidade”, comentou.

O delegado também ressalta a forma de trabalho da Polícia Civil no combate ao crime, lembrando da megaoperação deflagrada na metade de março e na apuração dos responsáveis pela morte que assustou a população. “Às vezes vozes esperam que a resposta do poder público seja através de mortes. Mas nós não trabalhamos assim. Trabalhamos sempre dentro da legalidade. Este é o nosso papel”.

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