Patrícia Hilgemberg defende ‘usina de lixo’ e questiona OAB
Ex-secretária de Meio Ambiente questionou argumentos apresentados pela OAB no pedido de abertura inquérito civil público contra ela e outras cinco pessoas
Publicado: 25/05/2017, 19:15
Ex-secretária de Meio Ambiente questionou argumentos apresentados pela
OAB no pedido de abertura inquérito civil público contra ela e outras cinco
pessoas
Patrícia Hilgemberg, ex-secretária
de Meio Ambiente da Prefeitura de Ponta Grossa, visitou nesta quinta-feira (25)
a redação do Jornal da Manhã e do portal aRede. Responsável pelo
setor de Meio Ambiente da Prefeitura por cerca de um ano, Patrícia questionou
os dados apresentados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Ponta
Grossa, ao sugerir abertura de inquérito civil público contra ela e contra
outras cinco pessoas.
O ofício da OAB sugerindo a
abertura do inquérito foi enviado ao Ministério Público (MP) nesta semana. Os argumentos
apresentados pela Ordem foram amplamente questionados pela ex-secretária que se
defendeu dos pontos apresentados no documento. Patrícia ressaltou ainda que ao
deixar a Secretaria deixou pronto um estudo para a instalação de uma usina de
tratamento de resíduos, conhecida como ‘usina de lixo’.
Patrícia sustenta que a usina
teria “custo zero” para o município, sendo bancada inteiramente pela iniciativa
privada. “A Prefeitura teria apenas que destinar o lixo para ser aproveitado na
usina, seríamos uma cidade de vanguarda nesse tipo de ação sustentável”, contou
a ex-secretária. Patrícia garantiu ainda que tal proposição foi apresentada
pela Prefeitura em um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) junto ao MP.
A ex-secretária de Meio Ambiente
garantiu ainda que, ao contrário do que aponta o documento da OAB, usou valores
do Fundo Municipal do setor para estruturar a secretária e todas as despesas
foram realizadas dentro do devido tramite legal e jurídico.
Ex-secretária acredita que novo aterro é inviável
Patrícia defende de maneira convicta que a opção
por um novo aterro em Ponta Grossa não é a melhor saída para o município. A
ex-secretária lembra que a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos não brevê mais
esse tipo de destinação para o lixo urbano. “Acredito e defendo, diante de
estudos sólidos e comprovados, que a tecnologia da usina de tratamento é a
melhor saída para o município”, contou Patrícia. A secretária afirmou ainda que
o aterro Boscardim, opção apresentada pela Prefeitura para substituir o
Botuquara, é uma propriedade privada e esse complicador também prejudicaria a
utilização do local. “Creio não ser a melhor saída para a situação”, afirmou a
ex-secretária de Meio Ambiente.