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Palestras na Agroleite abordam segurança alimentar

Nesta sexta, ocorrem julgamentos de raças de bezerras e os Fóruns da Agricultura e da Suinocultura

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Da Redação

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Nesta sexta, ocorrem julgamentos de raças de bezerras e os Fóruns da Agricultura e da Suinocultura

O Agroleite 2018 foi palco do Painel Agro “Cenários: ontem, hoje e amanhã – perspectivas globais de produção”, promovido pela Calpar Calcário Agrícola, na manhã de quinta, 16, no Centro de Eventos Pessutão, na Cidade do Leite, em Castro (PR). O tema foi abordado pelos ex-ministros Roberto Rodrigues, Francisco Turra e Alysson Paolinelli, com mediação da jornalista Kellen Severo. Os especialistas no assunto abordaram os desafios que o agronegócio enfrenta como: confiança da população no setor, carga tributária e interferências governamentais e, especialmente, a produção e segurança alimentar.

Segundo a projeção da produção de alimentos feita pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) para 2026/2027, será necessário que o Brasil produza 41% do total de alimentos que o mundo precisará. “É um grande desafio alimentarmos o mundo!”, disse Francisco Turra. Apesar disso, ele lembrou que o país tem as condições favoráveis de clima e versatilidade, no entanto, fez um apelo: “Não estamos pedindo nada, só precisamos que o governo não nos atrapalhe”, afirmou, arrancando aplausos da plateia.

Alysson Paolinelli destacou que o governo se apropriou de vantagens que o agronegócio trouxe para a população. “Conseguimos baixar o preço da alimentação. Fizemos com que o brasileiro se vestisse melhor, morasse melhor, pudesse mandar seus filhos para a universidade. Demagogos irresponsáveis do governo disseram que foram eles que fizeram isso, mas fomos nós, do agronegócio, que proporcionamos esses benefícios para a população. Foi cada um de vocês que teve esse papel de melhorar a vida da população”, ressaltou. Ele salientou ainda que o setor carece de incentivos. “Onde está o nosso crédito rural? O produtor brasileiro está a Deus dará! Já notaram quantos impostos indiretos há contra nós?”, questionou.

Para Roberto Rodrigues, parte dos problemas enfrentados pelo setor está relacionada à falta de liderança. “Hoje, falta um líder no mundo. Eu e meus colegas palestrantes vivemos numa época que existiam líderes mundiais, poderíamos não concordar com eles, mas eram líderes. Mas, hoje não temos mais. Sem líderes, não temos rumo”, considerou. Ele observou também a necessidade da valorização da agricultura. “Falta reconhecimento do setor que dá o sangue para a sociedade brasileira. Nossos agrônomos, nossos produtores precisam ser reconhecidos. Isso é um ato de fé”, afirmou.

Apesar das dificuldades observadas pelos ex-ministros, todos eles acreditam no potencial do agronegócio brasileiro. Paolinelli citou a força brasileira nas exportações. “Exportamos para 670 países, isso é mais que os Estados Unidos. Somos uma potência. Não podemos deixar que ninguém nos atrapalhe”, disse.

Segurança alimentar: alimentos para a paz mundial

Roberto Rodrigues lembrou que hoje a segurança alimentar é um tema ligado à ONU – Organização das Nações Unidas, organismo mundial de defesa da paz no mundo. “Esse tema preocupa a ONU porque sem alimentos, não há paz”, ressaltou. “E para aumentar o nosso estoque de alimentos para abastecer o mundo precisamos que nossa produção cresça 20% daqui dez anos. O milagre de alimentar o mundo é brasileiro”, sentenciou. Contudo, ele considera que é preciso uma estratégia imediata para conseguir aumentar essa produção de forma adequada.

Os palestrantes consideram que o Brasil tem condições favoráveis para essa missão. Francisco Turra, por exemplo, esclareceu que o clima tropical, com média de 24,95 graus, é propício à agricultura. Lembrou ainda que a produção de carne vem crescendo nas últimas décadas: em 1996 produzíamos 60 milhões de frangos, em 2016 chegamos a 2,4 milhões. De suínos, somos responsáveis por 369 mil contêineres, ou seja, US$ 93 bilhões. Em bovinos, mais de 140 países recebem nossa carne. “Todos os países precisam da nossa produção, podemos crescer juntos, tornar nosso agronegócio mais pujante. O mundo está com necessidade de ser alimentado. E nenhum país tem as condições que nós temos”, enfatizou.

Turra destacou ainda que o Brasil é versátil, atendendo às necessidades específicas de cada país, como tipo de corte e até normas religiosas, como o sistema Halal – exigência específica feita por países islâmicos. “Recebemos mil missões de organismos internacionais em nossas empresas, com critérios muito rigorosos e atendemos a todos. Estamos livres de enfermidades na carne. Somos dignos para produzir o melhor para mundo”, salientou.

Estiveram presentes no Painel Agro autoridades locais e estaduais, produtores rurais e empresários, o ex-governador Beto Richa e a senadora Ana Amélia.

Informações Assessoria de Imprensa.

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