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Frísia debate perspectivas para o segundo semestre com cooperados

Discussão faz parte do II Fórum Comercial promovido pela Cooperativa na última quarta-feira

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Fernando Rogala

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Os economistas Luka Barbosa, do Banco Itaú, e Alexandre Mendonça de Barros, da MB Associados, estiveram em Carambeí (PR) nesta quarta-feira durante o II Fórum Comercial debatendo com os cooperados da Frísia as perspectivas para o Brasil e os principais desafios do agronegócio neste segundo semestre de 2017. Apesar de apontarem para a instabilidade e as incertezas políticas em Brasília, ambos os economistas preveem que a equipe econômica liderada pelo Ministro Henrique Meirelles deverá seguir “firme e forte” até o início de 2019, quando um novo Presidente deverá tomar posse.

“A atual equipe está funcionando como uma âncora, e deverá conduzir o País para um lugar melhor no futuro”, afirmou o economista do Itaú, maior banco privado brasileiro. “Estamos prevendo uma Selic a 8% no final deste ano e um câmbio na faixa de R$ 3,50 até lá”, diz ele, como fruto da queda da inflação interna e de uma possível redução na liquidez mundial.

Para Alexandre Mendonça de Barros, as condições de comercialização da safra já estão dadas. “Não vejo grandes mudanças nos estoques nem nos preços dos grãos”, afirma ele. A novidade apontada pelo economista está na “safrinha monstro” que o país está colhendo: entre 65 e 70 milhões de toneladas, muito superior aos 41 milhões de toneladas colhidas na safrinha do ano passado. “Isso deve causar problemas de armazenamento, o que exige atenção redobrada daquele produtor que adiou a comercialização da sua safra”, explica ele. Esse movimento deve coincidir com a entrada de grandes volumes de fertilizantes, o que pode sobrecarregar não só a armazenagem como também o transporte e encarecer o frete. “Os produtores adiaram a compra de insumos, e não há nem no Paraná nem no Brasil capacidade de armazenamento para receber esses produtos ao mesmo tempo”, conclui ele.

Essa preocupação é compartilhada pelo gestor de negócios agrícolas da Cooperativa Frísia, Mario Dykstra. “Calculamos que o mercado comprou 20% menos de fertilizantes do que a média, o que deve concentrar o embarque em agosto e setembro, podendo causar gargalos logísticos”, diz ele. Por isso, a Frísia está alertando e estimulando seus cooperados a colocarem os seus pedidos ainda em julho, para garantir seu abastecimento.

Promovido pelo segundo ano pela Cooperativa Frísia, o Fórum Comercial “procura trazer grandes palestrantes e conhecimento qualificado para o cooperado”, como afirma Alex Santin, coordenador comercial de cereais da Frísia. “Queremos que o produtor encontre o melhor momento para vender seu produto. E estar bem informado é fundamental para essa tomada de decisão”, diz ele. O cooperado Matheus Spinardi concorda: “o grande benefício do sistema cooperativo é a promoção do conhecimento e o acesso a ferramentas que nos ajudam a ser mais eficientes, não apenas da porteira para dentro, mas também olhando e entendendo o mercado”, afirma ele, que tem opinião semelhante à do presidente da cooperativa, Renato Greidanus, para quem “é estratégico estar bem informado, acompanhar o mercado e a economia. Isso afeta diretamente a qualidade da gestão das propriedades. Ter uma boa gestão faz parte do nosso negócio, todos os dias. Quem tem é mais competitivo”, completa o presidente.

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