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Campos Gerais consolida produção recorde de grãos

Conclusão da colheita da soja confirma recorde de produção e produtividade na região dos Campos Gerais

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Fernando Rogala

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A região dos Campos Gerais confirmou o rendimento recorde nos dois principais cultivos de grãos da safra de verão, a soja e o milho. E mais: com 100% da área colhida da primeira safra desses grãos e do feijão, os 18 municípios da regional do Departamento de Economia Rural (Deral) estão consolidando uma produção recorde, da colheita de 3,51 milhão de toneladas nesses três cultivos. O valor será atingido com a colheita da segunda safra de milho e feijão. O recorde anterior foi registrado na safra 2012/2013, quando 3,45 milhões de toneladas foram retirados do campo. 

Até o início de abril essa safra recorde não era esperada na região, que agora vem a ser consolidada com a confirmação do rendimento recorde na soja, de quase 3,9 mil quilos por hectare – a previsão anterior estava na casa de 3,75 mil. Os principais motivos desses recordes foram o clima favorável e a tecnologia de ponta empregada na região, tanto no maquinário quanto nas sementes. Apenas com a primeira safra já são 3,23 milhões de toneladas colhidos. Os números são da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab).

A produção total foi recorde na soja, que atingiu a marca de 2,09 milhões de toneladas colhidos nos 536 mil hectares plantados. Isso representa uma produtividade de 3.894 quilos por hectare, ou seja, 157,3 sacas por alqueire. O rendimento é 6,7% superior ao recorde antigo, de 3.649 quilos por hectare, registrado há quatro anos. Foi o segundo melhor rendimento entre as 20 regionais do Deral neste ano. “Saímos de uma base de 3,6 mil quilos por hectare, e se comparar com o obtido no ano passado, dá uma alta de 16% na produtividade. Quando o pessoal vai colhendo, vai fechando as áreas e vai se confirmando aquilo que os produtores estavam prevendo”, diz Luiz Alberto Vantroba, economista do Deral na região.

No milho, embora a produtividade por hectare tenha sido recorde, de 10,6 mil quilos por hectare (7,3% superior ao recorde anterior, de 9.8 mil quilos por hectare), a produção total não será a maior da história. O motivo é a área plantada, que neste ano foi de 99,2 mil hectares, ou seja, 33% inferior aos 132,2 mil utilizados na safra 2012/2013. Porém, se comparar produção total deste ano, de 1,05 milhão de toneladas, com a produção do ano passado, de 632 mil hectare (ambos da primeira safra), nota-se um aumento de 66% na colheita deste grão. 

Cabe destacar que os Campos Gerais é a região que mais produziu milho no estado, o equivalente a 23% da produção total estadual, de 4,6 milhões de toneladas. “Isso ocorre pelas condições climáticas. Nas outras regiões se planta soja na primeira safra e milho na segunda. Aqui esse milho entra como rotação, porque não tem como produzir milho na segunda safra”, diz Vantroba, lembrando que a segunda safra de milho é bem baixa na região.

Colheita da segunda safra de feijão tem início

Somando a primeira safra, que já foi colhida, com a segunda safra, que foi iniciada, os 18 municípios da região irão colher 195,8 mil toneladas. Também é o maior valor somando essas duas épocas de cultivo. Enquanto na primeira o rendimento foi de 1.916 quilos por hectare (segundo melhor), totalizando uma produção de 91 mil quilos por hectare, o equivalente a 25% da produção estadual; a segunda safra terá uma produtividade de 2.085 quilos por hectare. “A segunda safra de feijão já começou e se intensifica na próxima semana, devendo concluir entre o final de maio e início de junho”, completa Vantroba.

Produtividade da região está acima da média estadual

O Paraná também está encerrando a colheita da safra de grãos de verão 2016/2017 com um desempenho jamais visto. Serão colhidos 24,5 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 21% sobre igual período do ano passado. A colheita da soja foi praticamente encerrada, com 99% da área colhida, revelando uma produtividade recorde de 3.700 quilos por hectare. Já a produtividade média da primeira safra de milho plantada no Estado no período 2016/17 atingiu 9.200 quilos por hectare. Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, só o clima bom e estável não teria alavancado essa supersafra. Para ele, a tecnologia que vem sendo empregada pelo produtor paranaense está ajudando muito no desempenho da safra. “A tecnologia está respondendo aos esforços feitos pelos produtores e pelo governo do Estado”, ressaltou.

Preços 

Para o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, a rentabilidade econômica dos produtores seria melhor se não tivessem convergidos tantos fatores ao mesmo tempo para deprimir os preços das principais commodities. Recomposição dos estoques mundiais desde 2015, oferta abundante de soja, milho e trigo na América do Norte e do Sul, recuo das cotações do dólar frente ao real e queda no consumo no mercado interno contribuíram.

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