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Emater faz campanha para melhorar alimentação de gado de leite no inverno

Seminário foi realizado para debater aspectos técnicos relacionados ao manejo do gado leiteiro

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Fernando Rogala

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Agricultores paranaenses participam na próxima terça-feira (4) de um seminário para debater aspectos técnicos relacionados ao manejo do gado leiteiro. O evento é promovido pela Emater e prefeitura, com o apoio do programa Pró-Rural do Governo do Estado, e também marca o encerramento da campanha municipal de incentivo ao plantio de forrageiras destinadas à produção de alimento para o gado no período de inverno. O evento será realizado em Barbosa Ferraz, no Centro-Oeste do Estado

O médico veterinário da Emater, Rafael Piovezan, explica que a bovinocultura é uma das principais atividades da agropecuária local. Barbosa Ferraz tem um dos maiores rebanhos de bovinos da região - são cerca de 46 mil cabeças de animais para produção de carne e 3,4 mil de com dupla aptidão, para produção de leite e carne. 

"No caso dos animais usados para a produção de leite, por não ser de raça especializada, apresentam baixa produtividade. Então, o criador, na média, já produz pouco, Se não se prevenir para a estação mais fria do ano pode encerrar a produção". 

De acordo com o extensionista, o investimento do produtor na formação de uma pastagem agora pode garantir a manutenção da produção no inverno. A prática, no entanto, é deixada de lado pela maioria dos criadores. 

"Foi por isso que decidimos fazer essa campanha. Com antecedência, usamos a emissora de rádio local, visitamos as famílias e também contamos com a colaboração dos trabalhadores que recolhem o leite nas propriedades para alertar e motivar os criadores para a adoção dessa alternativa". Os recolhedores do leite distribuíram material impresso elaborado pela Emater sobre o tema. 

Para formação da pastagem de inverno, a Emater recomenda aos produtores a cultivar de aveia Iapar 61. Ao contrário das demais cultivares existentes no mercado, ela apresenta a vantagem de fornecer forragem por mais tempo, ser especializada para o pastoreio e dar maior volume de massa verde durante o seu ciclo. 

"Para se ter uma ideia, a aveia preta comum pode ser usada para pastoreio por até 94 dias após a sua germinação, enquanto que a Iapar 61 vai até 134 dias. A primeira dá entre três e quatro cortes e do Iapar entre quatro e seis cortes", detalha Piovezan. 

Para viabilizar o acesso dos criadores à semente, a Emater contou com a colaboração da cooperativa Colari, que se dispôs a procurar o material e fazer o pedido dos produtores. 

"Isso resultou na compra de 16 mil quilos de sementes que serão suficientes para o plantio de 320 hectares de pasto. A campanha alertando sobre o assunto com antecedência foi importante para esse resultado. Se a gente chegar em cima da hora para tratar do assunto com o criador, muitas vezes ele não tem mais tempo para tomar qualquer providência", destaca o técnico da Emater. 

No encontro técnico de terça-feira, Rafael vai contar com a colaboração do pesquisador do Iapar, Elir de Oliveira, que ajudará a repassar para os agricultores as recomendações, visando um bom plantio e manejo adequado da forrageira em sua fase produtiva. 

O extensionista da Emater conta que o trabalho com os criadores de gado de leite é uma das prioridades do Instituto no município. Isso porque a atividade desenvolvida basicamente por agricultores familiares tem uma importância social e econômica muito grande. 

"Existe aqui uma cooperativa dos produtores, a Aproleite, apoiada pelo Pró Rural, do Governo do Estado, que dá um suporte muito bom nisso. Então, vale a pena esse esforço para mudar o jeito de produzir e ajudar o agricultor a ter mais dinheiro no bolso", disse Piovezan. 

A cooperativa tem um equipamento de pasteurização usado por muitos associados que vendem a produção de porta em porta. Neste caso, o produtor deixa seu leite na indústria e depois o pega empacotado, pronto para o consumo seguro dos compradores na cidade. 

Depois de vencer essa etapa de fomento a formação de pastagem para o período frio, a Emater, em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura, deve iniciar uma ação que tem o objetivo de promover o melhoramento genético do rebanho. 

Segundo Rafael, atualmente, na média, os criadores tiram entre 50 e 60 litros de leite por dia em seus sítios, enquanto numa propriedade orientada por ele e que é usada como unidade de referência tecnológica, em apenas 9 hectares são produzidos 600 litros de leite por dia. "Isto mostra que podemos evoluir bastante"

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