Câmara rejeita urgência no debate sobre Impacto de Vizinhança | aRede
PUBLICIDADE

Câmara rejeita urgência no debate sobre Impacto de Vizinhança

Legislativo municipal recusou tramite em urgência do projeto. Vereadores da oposição criticaram proposta

Imagem ilustrativa da imagem Câmara rejeita urgência no debate sobre Impacto de Vizinhança
-

Afonso Verner

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Legislativo municipal recusou tramite em urgência do projeto. Vereadores da oposição criticaram proposta

A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) rejeitou nesta quarta-feira (16) o tramite em regime de urgência no projeto 252/2017. A iniciativa prevê a criação de taxa de análise de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e Relatório de Impacto de Vizinhança (RIVI) e agora deverá seguir trâmite normal na casa de leis. O pedido de vistas na votação do regime de urgência foi feito pelo vereador Pietro Arnaud (REDE) – o projeto de lei foi enviado pelo Poder Executivo e lido no plenário na sessão desta quarta-feira (16).  

“Em um momento de crise política e econômica, não é correto que o Poder Executivo pretenda instituir tributo com um projeto em Regime de Urgência. Assim, o Projeto de Lei seguirá os trâmites normais”, garantiu o vereador. “Caso seja aprovado, o que não esperamos, as empresas construtoras terão que pagar altíssimas taxas ao Município que certamente serão repassadas ao consumidor de Ponta Grossa”, afirmou o parlamentar.

O projeto irá tramitar pelas comissões internas da Casa de Leis antes de ser votado no plenário. Nos bastidores, governo e oposição tentam garantir os votos necessários para a aprovação da proposta. A proposta regulamenta os valores cobrados para a realização dos estudos necessários para a instalação de grandes empreendimentos na cidade e o valor cobrado pode passar de R$ 18 mil.

A tabela anexa ao projeto prevê que empreendimentos com áreas de até mil m2 estarão isentos das taxas. Já construções com até 3 mil m2 terão uma cobrança de R$ 100 valores de referência (VRs), cerca de R$ 7,5 mil. Empreendimentos com áreas construídas de 3 mil a até 5 mil m2 deverão pagar uma taxa de 130 VRs, aproximadamente R$ 9,7 mil. Construções com áreas entre 5 mil a 10 mil m2 terão que arcar com uma taxa de R$ 12 mil, levando em conta 160 VRs.

Para construções com áreas previstas entre 10 mil e 50 mil m2 o valor cobrado será referente a 190 valores de referência, algo em torno de R$ 14 mil. Para obras com construção prevista entre 50 mil e 100 mil m2 o valor dos estudos será de aproximadamente R$ 16,5 mil. Já para empreendimentos com área superior a 100 mil m2 o valor do estudo levará em conta 250 valores de referência, cerca de R$ 18 mil.

O projeto da Prefeitura prevê que os valores recolhidos com o pagamento das taxas deverão ser encaminhados para o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. A expectativa da Prefeitura é conseguir prever determinados impactos causados pela instalação de grandes empreendimentos da cidade e, quando necessário, cobrar contrapartidas por parte do empreendedor responsável.

Impacto de vizinhança já mobilizou o Legislativo

O debate sobre o impacto de grandes empreendimentos já causou polêmica no Legislativo de Ponta Grossa. Com a instalação de grandes prédios no município intensificada nos últimos anos e diante do crescimento da frota de veículos, uma lei foi aprovada em 2016 para tratar sobre o tema. Para alguns vereadores, o estudo do Impacto de Vizinhança iria propor uma espécie de proteção da qualidade de vida dos munícipes, para outros parlamentares a iniciativa representaria um atraso ao desenvolvimento da cidade. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE