Justiça faz mutirão para mulheres vítimas de violência | aRede
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Justiça faz mutirão para mulheres vítimas de violência

Bruna Woinorvski é assistente social do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
Bruna Woinorvski é assistente social do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. -

Semana Nacional da Justiça Pela Paz em Casa intensifica a realização de audiências em casos de violência contra a mulher. Atualmente 3.883 processos enquadrados na Lei Maria da Penha tramitam no Juizado de Violência Contra a Mulher.  

O Juizado de Violência contra a Mulher, da Comarca de Ponta Grossa, participa da ‘Semana Nacional da Justiça Pela Paz em Casa’ para intensificar a realização de audiências em casos de violência contra a mulher que tramitam na Justiça. Em sua 5ª edição, o projeto procura orientar as vítimas de violência, através do setor de Serviço Social, e intensificar a realização de audiências. Entre segunda (16) e quarta-feira (18), cerca de 60 audiências foram realizadas.

                Em 90% dos casos de violência contra a mulher, no município de Ponta Grossa, o agressor é o cônjuge, mostra o estudo desenvolvido pelo Setor de Serviço Social do Juizado de Violência contra a Mulher. Na maioria das agressões enquadradas na Lei Maria da Penha, as vítimas ainda eram solteiras, em 47% dos casos.

                A pesquisa mostra que 57% dos casos de violência são do tipo psicológico, como ameaças. 41% dos casos envolvem agressões, enquanto a violência sexual corresponde a 1%. Os dados mostram que na maioria das vezes, em 73% dos casos, a vítima já havia sofrido algum tipo de violência antes de entrar com um processo na Justiça. E 20% das mulheres já haviam requerido medidas protetivas anteriormente.

                O grau de parentesco é outra variável levada em conta na pesquisa, que mostra que em 5% dos casos o pai ou a mãe é o responsável pela agressão, enquanto em 4% das vezes a violência veio do próprio filho. A maioria das mulheres vítima de agressão possui entre 36 e 50 anos, o que corresponde a 36% de todas as agredidas.

                “O objetivo da campanha administrativa do STF (Supremo Tribunal Federal) é trazer maior visibilidade para a Lei Maria da Penha”, conta a juíza Alessandra Pimentel Munhoz do Amaral. A Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa começou na segunda-feira e vai até sexta (19). Os serviços são realizados todos os dias da semana, entre 13h30 e 16 h.  Atualmente 3.883 casos de violência contra a mulher tramitam no Juizado de Violência Contra a Mulher, em Ponta Grossa.  

Trabalho de orientação

Além das audiências, o setor de Serviço Social do juizado desenvolveu ações descentralizadas de orientação e de formação de 35 multiplicadoras na identificação de situações de violência contra a mulher e demais encaminhamentos no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) 31 de março - 4ª região com maior incidência de crimes contra a mulher. As ações no CRAS ocorreram na tarde do dia 11/08, das 13h30 às 17h.

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