Bebê arremessado de carro morre no hospital

O bebê estava com a mãe de 32 anos e a irmã de 15 anos, quando o carro que ocupavam – um Clio de placas JOM-4390 – se envolveu numa colisão com um Vectra de placas AUN-5050.

Uma das três vítimas do acidente ocorrido na noite de sábado, na Avenida Carlos Cavalcanti, no bairro de Uvaranas, em Ponta Grossa, não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã deste domingo, no Hospital Universitário. O bebê tinha apenas três meses. O corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) e depois liberado aos familiares para sepultamento. A tragédia causou comoção entre os moradores.

É mais uma morte provocada pela violência do trânsito. O bebê estava com a mãe de 32 anos e a irmã de 15 anos, quando o carro que ocupavam – um Clio de placas JOM-4390 – se envolveu numa colisão com um Vectra de placas AUN-5050. A batida aconteceu por volta das 20 horas na interseção da avenida com a Rua Xavier de Souza.

Um inquérito será aberto pela Polícia Civil para apurar as causas do acidente. Levantamentos no local realizados pela Polícia Militar apontam que a condutora do Clio, identificada pelo Corpo de Bombeiros como Cristiane Aparecida Schermak, estava realizando uma conversão neste local quando ocorreu o impacto com o Vectra, dirigido por Richard Quadros Pereira.

Com a força da colisão, o Clio girou na pista, subiu na calçada e ficou atravessado de frente para um muro. O bebê foi arremessado do carro, caindo no pavimento. Socorristas e médicos do Samu e Siate o encontraram inconsciente e o levaram para o Hospital Universitário. Ele teria sofrido parada cardíaca. Nesse domingo, por volta das 7 horas, a família foi informada do falecimento. A condutora e a outra passageira do carro foram medicadas e liberadas.

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) faz um alerta para os cuidados necessários para o transporte de crianças pequenas. A falta dos dispositivos de segurança adequados para cada idade, tamanho e peso também é tema da campanha “31 dias para mudar o trânsito”, promovida pelo Governo do Paraná para o movimento Maio Amarelo. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que após entrar em vigor a lei que obrigou o uso dos equipamentos, em 2010, o Brasil registrou queda de 23% nos registros de mortes de crianças em acidentes de trânsito. Ainda assim, os números são preocupantes. Segundo o Ministério, todos os dias cinco crianças morrem no trânsito brasileiro. 

No Paraná, o último relatório estatístico de acidentes, de 2014, registrou 231 mortos com menos 18 anos. Destes, 86 com idade de zero a 6 anos; 44 tinham entre 10 e 15 anos; e 101 com idade entre 16 e 17 anos.