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Entidades repudiam aniversário de ocupação

Propriedade era usada para pesquisas por parte da Fundação ABC. Grupo estranha apoio dado pela UEPG a ocupação

Sindicato Rural de Ponta Grossa,  que tem como presidente Gustavo Ribas Netto (foto), assina a nota de repúdio
Sindicato Rural de Ponta Grossa, que tem como presidente Gustavo Ribas Netto (foto), assina a nota de repúdio -

Daniel Petroski

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Cinco entidades publicaram uma nota de repúdio ao aniversário de dois anos da ocupação ocorrida na Fazenda Capão do Cipó, em Castro, em agosto de 2015. O movimento foi encabeçado por integrantes do Movimento Sem Terra (MST). A propriedade era utilizada pela Fundação ABC e se voltava para pesquisas agropecuárias para as cooperativas Capal, Batavo e Castrolanda. Assinam o documento o Sindicato Rural de Ponta Grossa, o Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, a Associação dos Engenheiros Agrônomos dos Campos Gerais (AEACG), a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) e a Sociedade Rural dos Campos Gerais.

A nota também rebate um suposto apoio da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ao movimento em questão. O caso ganhou repercussão após a divulgação de um cartaz em que o MST exalta a ocupação e agenda um evento na fazenda para o próximo dia 27 – na data deve ser realizado um churrasco, show de prêmios, pescaria e a comercialização de salgados e bolos, entre outros. A UEPG figura como colaboradora da atividade. “O que muito nos estranha é o apoio da UEPG, uma entidade pública de ensino e pesquisa, para tal evento festivo. Não temos nada para comemorar, mas sim, ficar indignados e tristes por vermos um campo de pesquisa importante para o desenvolvimento da agropecuária dos Campos Gerais e do Paraná, invadido”, reforça o documento. A Fazenda Capão do Cipó vale aproximadamente R$ 20 milhões.

Na época, o MST justificou a ocupação alegando que as terras são de propriedade da União e que a mesma aguardava a reintegração de posse desde 2014. 

UEPG preferiu não comentar a situação depois de reunião 

Procurada pela equipe de reportagem, a assessoria de imprensa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) preferiu não se manifestar sobre o assunto. “Fizemos uma reunião com a equipe da Procuradoria Jurídica e a Reitoria, e decidimos por não emitir nota sobre o assunto”, discorre a resposta enviada. “A UEPG tem uma posição bastante clara sobre a obediência aos seus princípios institucionais de liberdade de cátedra e de expressão e, caso haja questionamentos de entidades ou órgãos do poder público, de forma oficial, a Reitoria irá se manifestar”, reforçou o retorno. O reitor Carlos Luciano SantAna Vargas também preferiu não gravar entrevista.

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