“O crime de responsabilidade não ocorreu”, defende Requião

Senador Roberto Requião (PMDB) votou contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). O senador defendeu que não houve crime de responsabilidade fiscal por parte da Presidência.

O senador Roberto Requião (PMDB) afirmou, nesta quarta-feira (11), na sessão que votou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que o afastamento dela abre as portas do país para o desastre das políticas neoliberais. Isso não quer dizer que Dilma tenha adotado medidas econômicas desenvolvimentistas, observou o senador ao criticar a presidente por suas iniciativas de arrocho fiscal.

Requião lembrou ao Senado que desde o primeiro momento ele se opôs fortemente à política econômica da presidente, que  acabou por assumir o receituário neoliberal de seu adversário.

No entanto, o senador criticou o pedido de afastamento da presidente, afirmando que ela não cometeu qualquer crime, como está sendo acusada pela oposição. “O relator do processo de impeachment, o senador Anastasia, como governador de Minas Gerais, fez o mesmo que Dilma. Para mim, tanto ele como ela não cometeram crime. O que o a Câmara fez e o Senado pretende fazer é instituir um inexistente refendo revogatório, afastando ilegalmente a presidente”, afirmou Requião.